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Por Agência Bamba

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Em 2022, o Brasil voltou ao Mapa da Fome segundo a Organização das Nações Unidas. Estudos apontam que 61 milhões de brasileiros, praticamente três em cada 10 habitantes, encontram dificuldades para se alimentar, sendo que desse total, 15,4 milhões de pessoas enfrentam uma insegurança alimentar grave. O país atingiu a média de 4,1% da população nesta situação, pior que a média global.

Considerando esse cenário, foi criado o Programa de Implementação de Ações Estruturantes em Desenvolvimento Rural e Segurança Alimentar e Nutricional ou Frente SAN. Esta é uma iniciativa promovida pela Fundação Vale e operacionalizada pelo Instituto Meio, que tem por objetivo fomentar a segurança alimentar e nutricional por meio da identificação e apoio no desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais relacionados às principais atividades econômicas rurais de dois territórios: Maranhão e Minas Gerais. 

O Arranjo Produtivo Local (APL) é um tipo de rede interorganizacional geralmente formada por pequenas e médias empresas que estão em um mesmo território e que cooperam para o desenvolvimento por meio da especialização produtiva. Os APLs se mostram como importante alternativa para dinamizar a economia e promover o desenvolvimento local, com vantagens como a redução de custos de transporte do produto acabado e melhores negociações.

O Frente SAN teve início em meados de janeiro de 2022 por meio do diagnóstico territorial nos municípios de atuação definidos pela Fundação Vale, com o objetivo de identificar as principais atividades produtivas potenciais nos territórios a serem trabalhadas ao longo do projeto. Foram definidas as culturas do mel, mandioca, hortícolas e babaçu no Maranhão e em Minas Gerais, hortaliças, frutas e mel foram priorizadas. 

Após o diagnóstico, o projeto entrou na fase de sensibilização e mobilização, onde houveram visitas de campo de apresentação e a realização do curso “Cooperar para Prosperar” via whatsapp sobre Arranjos Produtivos Locais e a importância do trabalho em rede. Entre Minas e Maranhão, o curso atingiu mais de 650 inscritos e teve alto índice de satisfação, com média de 90% entre os dois estados. 

Uma vez sensibilizados, os produtores interessados foram convidados a participar da fase de planejamento estratégico, onde o Plano de Ação de cada território foi construído conjuntamente a partir da visão de futuro dos participantes. O Plano está basicamente dividido entre ações de doação de insumos e equipamentos para a produção e comercialização, apoio da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) de forma individualizada e em grupo, além de capacitações sobre temas prioritários atrelados a cada atividade produtiva, levantados pelos próprios produtores.

Atualmente, o projeto encontra-se na fase de execução do Plano de Ação em ambos os territórios e conta com aproximadamente 560 produtores beneficiados ativos entre os dois estados. Com esse plano de ação, o Frente SAN espera concretizar o impacto desejado em sua Teoria de Mudança, que é baseado em três pilares relacionados ao conceito de segurança alimentar: (1) ampliação da qualidade e quantidade da produção local de alimentos, (2) aumento da disponibilidade de alimentos e o (3) acesso aos alimentos (incluindo pela renda gerada aos produtores apoiados).

 

 

fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/07/06/brasil-volta-ao-mapa-da-fome-das-nacoes-unidas.ghtml

 

 

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